Editorial Outubro 2020 |
Qua, 30 de Setembro de 2020 00:00 |
O momento difícil que a Terra atravessa tornou-se um terreno fértil para a aparição de falsos profetas, que se apresentam com soluções salvadoras, operando curas. Proliferam águas milagrosas, cultos onde pululam milagres e até feijões curadores. O Cristo deixou-nos a advertência de que eles viriam e que tomássemos cuidado para não nos deixarmos seduzir. Aproveitam-se da conturbação natural do momento para prometerem soluções fáceis, mediante a adesão a seus templos. Não mostram que ocorrências como essa não são frutos do acaso nem surgem em dissonância para com as Leis de Deus, sem um fim útil. Não ensinam a necessidade da transformação moral de cada um para que a situação possa ser revertida. Se ao final desse período continuarmos os mesmos, sem termos nos melhorado minimamente, com os vícios e imperfeições acumulados ao longo das reencarnações passadas, todo o sofrimento que estamos vivenciando terá sido inútil, sem proveito. Em O Livro dos Espíritos, Santo Agostinho recomenda a prática do autoconhecimento, com uma análise íntima de nós por nós mesmos. Assim procedendo, iremos constatar que já conseguimos amealhar em nosso patrimônio espiritual algumas das virtudes necessárias à evolução espiritual; outras, apenas iniciamos o processo de conquista e outras ainda estamos distantes de alcançá-las. Os Espíritos deixam claro que das subversões que advêm nessas ocasiões surge uma melhor ordem de coisas, realizando-se em alguns anos o progresso que teria exigido muitos séculos para se concretizar. Trazem a oportunidade de desenvolvimento da ciência, através do estudo das condições e dos meios para impedir novos acontecimentos dessa natureza; dão ensejo a que se desenvolva a prática da real caridade entre os homens, ajudando a enfraquecer o egoísmo. Enfim, são provas que, se suportadas com paciência e resignação, trarão à Humanidade ampla compensação. A pandemia que nos aflige somente será vencida com perseverança no cumprimento das recomendações médicas que visam nos proteger, e, paralelamente, com a melhora da nossa condição moral, e não com as fáceis soluções apregoadas pelos falsos profetas da atualidade. * * * Nesse mês de outubro, o movimento espírita reverencia o retorno à Terra do missionário divino que recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail. Com o pseudônimo de Allan Kardec, sugerido pelos Espíritos, fez com que a luz do Consolador prometido por Jesus fosse acesa em toda a Terra, trazendo de volta o verdadeiro Cristianismo, sem o véu da letra e sem enxertos de natureza humana. A esse grande Missionário do Cristo o nosso preito de gratidão por esse legado. Tratemo-lo como um precioso tesouro de toda a Humanidade, estudando-o e levando sua mensagem aos corações carentes de esclarecimento e de consolo. |